EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Tópico 1 – Empreendedorismo – Conceitos e Características

Neste tópico, vamos conhecer os conceitos referentes ao atual contexto organizacional, ao empreendedorismo e ao papel do empreendedor.

Conteúdos:

  • Empreendedorismo
  • Empreendedorismo e empreendedor
  • Modalidades de empreendedorismo
  • Empreendedorismo corporativo.

Ao finalizar este tópico, você será capaz de:

  • Compreender a configuração e os desafios inerentes ao atual contexto organizacional.
  • Contextualizar o empreendedorismo e o papel do empreendedor no mercado.
  • Reconhecer as características da postura empreendedora.
  • Compreender o conceito de intraempreendedorismo e funcionário empreendedor como diferencial competitivo das organizações.

Empreendedorismo

Você já ouviu falar em empreendedorismo? Acreditamos que sim, pois, hoje em dia, é bastante comum o uso desse termo.

Mas você sabe o que significa empreender? Vamos assistir a uma animação para entender melhor.

Postura Empreendedora

A postura empreendedora requer muita energia e motivação para promover mudanças na maneira como as coisas são feitas.

Nesse sentido, é fundamental uma boa dose de desconforto e insatisfação com o atual estado das coisas.

A partir daí, é preciso disposição para transformar a si mesmo e o ambiente em que se está inserido.  Em outras palavras, o empreendedor é um agente de mudanças.

Veja algumas características de uma postura empreendedora.

O que você achou das características da postura empreendedora? Tais características são interessantes, principalmente no contexto econômico do século XXI, você concorda?

Para refletir sobre esse assunto, assista ao vídeo Dez características do bom empreendedor – Sebrae SP

Vamos assistir a uma cena que exemplifica a postura empreendedora?

A cena é do filme Roda da fortuna, que conta a história fictícia de um homem empreendedor e inovador, responsável pela criação do hula hoop, uma espécie de bambolê. Na trama, o homem consegue convencer o mercado a aderir sua ideia.

Empreendedor

O que você imagina quando ouve a palavra empreendedor?

Podemos pensar na imagem de um sujeito inovador e arrojado que abriu uma empresa após criar um produto ou um serviço.

Mas será que essa é a única maneira de empreender? Você já deve ter percebido que não. Vamos entender por quê?

Ter ideias e implantar soluções para melhorar algo que já existe é uma ação empreendedora também.

Fatores para Empreender

Por prever uma ação efetiva, o ato de empreender envolve doses de alguns fatores.

Como o objetivo é promover mudanças para criar valor e colocar em prática algo que foi imaginado, a ação de empreender exige um indivíduo que faça uso de competências específicas.

Você pode imaginar que competências são essas? Siga adiante para saber mais sobre o assunto!

Competências para Empreender

A ação de empreender exige um indivíduo que faça uso de competências específicas. Como exemplo, podemos citar as seguintes competências:

Riscos calculados são aqueles que o empreendedor está disposto a correr após planejar suas ações, bem como avaliar a dimensão e os impactos dos riscos.

Em outras palavras, são riscos mapeados e analisados que decidimos correr de forma consciente.

Todo empreendimento incorre em riscos. Quando nos propomos a realizar algo, precisamos decidir assumir ou não os riscos inerentes à atividade.

Depois de ler tantas explicações teóricas sobre empreendedorismo, vamos entender como ele funciona na prática.

Que tal conhecer a trajetória de um empreendedor da área de Informática? Para isso, assista ao vídeo Acredite no impossível, que apresenta o estudo de caso do fundador do Buscapé.

O que você achou da trajetória de Romero Rodrigues? Interessante ouvir um caso de sucesso, não é mesmo?

O relato de Rodrigues exemplifica os impasses, as dúvidas, as inseguranças e os dilemas vividos por empreendedores que decidem criar uma solução tecnológica, como foi o caso do Buscapé.

Fatores Relacionados ao Contexto do Empreendimento

Na trajetória de empreendedores, podemos notar alguns fatores relacionados ao contexto do empreendimento. São eles:

  • Vislumbre e criação de oportunidades
  • Aprendizado com os erros – aprendizado contínuo
  • Escolha da área de atuação
  • Planejamento e dedicação
  • Escolha das parcerias
  • Busca de ideias inovadoras
  • Conhecimento do mercado e das questões relacionadas ao ambiente organizacional
  • Aproveitamento do momento certo para lançar a ideia
  • Sinergia entre envolvidos no projeto
  • Liderança e abandono da zona de conforto
  • Estratégias de comunicação e divulgação
  • Obstáculos e contratempos do empreendimento
  • Processo de tomada de decisão e avaliação de riscos
  • Financiadores e investidores do projeto
  • Empreendimento como gerador de valor e benefícios para a sociedade
  • Expansão e crescimento do empreendimento versus retorno sobre o investimento e lucratividade.

Empreendedorismo de Sucesso

A história do Buscapé é um caso de empreendedorismo de sucesso entre muitos do Brasil e do mundo. Mas, certamente, você já ouviu falar de outros casos ainda mais famosos, como:

Empreendedorismo Ontem e Hoje

Se pensarmos no empreendedorismo como a capacidade de criar soluções inovadoras e colocá-las em prática, veremos que ele sempre esteve presente na trajetória humana.

Vamos pensar em um exemplo do passado. Você já ouviu falar do grande navegador genovês Cristóvão Colombo, certo?

Analisaremos, a seguir, parte da história de Colombo pela perspectiva do empreendedorismo!

Por que Cristóvão Colombo pode ser considerado um empreendedor nos dias atuais?

Revolução Industrial

Desde a época das grandes navegações, muita coisa mudou. O mundo, no século XXI, acabou tornando-se um lugar bem diferente.

Outros grandes empreendedores surgiram, e alguns deles foram responsáveis pela Revolução Industrial, que aconteceu na Inglaterra, no final do século XVIII.

As consequências da Revolução Industrial estão relacionadas com a realidade industrializada, urbana e tecnológica. Por meio dela, ocorreu a passagem da manufatura para a maquinofatura.

A maior parte das pessoas vive, atualmente, nessa realidade. Vamos entendê-la melhor? Siga adiante.

A invenção da máquina e a mecanização da produção foram um fenômeno grandioso, que fez do investimento em tecnologia uma prática cada vez mais importante e utilizada.

As primeiras máquinas a vapor resultaram de anos de investimento em pesquisa e desenvolvimento. Depois delas, muitas máquinas, fontes de energia, inovações e ideias foram criadas. 

Principais Aspectos da Revolução Industrial

Vamos relembrar os principais aspectos da Revolução Industrial?

Podcast

Ouça um podcast sobre os principais aspectos da Revolução Industrial.

Como alguém que vai trabalhar na área de Tecnologia da Informação, é importante que você saiba que a realidade atual de produção, economia, sociedade e tecnologia surgiu com a Revolução Industrial.

Tendo isso em vista, devemos refletir sobre a seguinte questão:

Em que medida os avanços tecnológicos iniciados com a Revolução Industrial contribuíram para construção do cenário atual, em que o empreendedorismo se tornou tão disseminado?

Século XXI, o Século do Empreendedor

Agora, já sabemos que o empreendedorismo não é uma invenção do século XXI, não é mesmo?

No entanto, algumas pessoas pensam que o assunto é novidade, já que o empreendedorismo está na moda e passou a ser ensinado em cursos – livres e formais.

A verdade é que o empreendedorismo é mais disseminado hoje do que no passado, uma vez que é mais acessível às pessoas comuns e uma alternativa importante para a conjuntura tecnológica da atualidade.

Eras do Agricultor, do Empregado e do Empreendedor

O administrador de empresas Max Gheringer vem disseminando a ideia de que o século XXI será o século do empreendedor. Por que Max afirma isso?

Era do agricultor

Até o século XIX, a maioria das pessoas comuns trabalhava com agricultura. Podemos chamar esse período de Era do Agricultor. A Era do agricultor compreende a maior parte da trajetória da humanidade.

Era do empregado

Após a Revolução Industrial, fomos transformados em uma sociedade urbana, repleta de operários de grandes fábricas. Desse modo, o século XX pode ser chamado de Era do Empregado.

O indivíduo dessa era tem direitos garantidos (CLT), mas deve obedecer a seu patrão e cumprir regras.

Era do empreendedor

Após a segunda metade do século XX, o modo de produção capitalista financiou o desenvolvimento tecnológico, possibilitando a invenção de máquinas cada vez mais eficientes.

Com isso, iniciou-se um processo crescente de substituição de pessoas por equipamentos, como o computador. O emprego entrou em declínio mediante fusões, incorporações, automação de processos e criação de softwares. Fora do mercado de trabalho formal, muitas pessoas estão atuando como consultoras e trabalhadores autônomos, criando produtos e serviços inovadores. Tais questões apontam para o século XXI como o início da Era do empreendedor.

Empreendedorismo como Alternativa

Como vimos, os dias atuais estão marcados pelo declínio do trabalho formal e pelas rápidas mudanças promovidas pela disseminação das tecnologias da informação e da comunicação (TIC).

Nesse contexto tecnológico, o empreendedorismo vem-se mostrando como alternativa.

A proposta analítica de Gheringer é inovadora e bastante lúcida, além de correta do ponto de vista da História.

Gheringer aponta para um futuro que já está anunciado, em que o empreendedorismo vai-se tornar cada vez mais importante no Brasil e no Mundo.

Segundo o autor:

“No século XXI, o grande diferencial vai ser o empreendedor, aquele que trabalha para si mesmo, que cria as próprias oportunidades e as aproveita.”

Pessoas Comuns, Empreendimentos Extraordinários

O empreendedorismo é uma prática relacionada a um grupo de comportamentos e atitudes. Juntos, tais atitudes e comportamentos formam a postura empreendedora.

Que tal conhecer mais um caso brasileiro de sucesso para compreender a postura empreendedora? Desta vez, o exemplo não é da área de Informática. Trata-se do empreendedorismo realizado por duas mulheres negras e pobres da periferia do Rio de Janeiro. 

Em uma comunidade do Rio de Janeiro, nasceu o sonho de criar um relaxante para cabelos cacheados como alternativa para o alisamento artificial – única opção até então.

Após muito tempo tentando, uma mulher comum desenvolveu um produto inovador e, ao lado de uma amiga, abriu o primeiro salão de cabeleireiros do Instituto Beleza Natural.

Atualmente, as duas amigas dirigem o Instituto Beleza Natural, que conta com mais de mil e quinhentos funcionários.

A trajetória do Instituto Beleza Natural, certamente, irá inspirar você! Preparado? Assista ao vídeo a seguir sobre a criação do Instituto Beleza Natural para saber mais sobre essa história de sucesso.

Postura Empreendedora

Na prática, todos somos capazes de empreender. No entanto, somente algumas pessoas se esforçam e persistem o suficiente.

Nesse sentido, para assumir uma postura empreendedora, precisamos estar dispostos a desenvolver os comportamentos e as características necessários.

Empreendedorismo: Erros e Acertos

Na última década, muitos mitos foram criados em torno da figura do empreendedor. Vários meios de comunicação reforçam imagens errôneas dos empreendedores cotidianamente.

Nenhum dos rótulos extremos é verdadeiro. No entanto, a quase totalidade dos empreendedores erra muitas vezes antes de acertar um modelo de negócio.

Empreendedorismo de Sucesso

Sobre a ação de empreender, Joel Baker afirma:

“Visão sem ação não passa de sonho. Ação sem visão é só passatempo. Visão com ação pode mudar o mundo.”

Após compreendermos os desafios e as características do empreendedor, iremos conhecer as modalidades de empreendedorismo. Vamos lá?

Modalidades de Empreendedorismo

O empreendedorismo pode-se apresentar em três principais modalidades.

Empreendedor – entrepreneur

Pessoa que identifica oportunidades no mercado, planeja e constrói novas empresas ou novos empreendimentos.

Empreendedor corporativo ou intraempreendedor – intrapreneur

Funcionário que promove as mudanças dentro da organização em que trabalha, reinventando os processos, a empresa e os negócios.

Empreendedor comunitário ou social

Pessoa que promove mudanças, reúne recursos e constrói valores em benefício da sociedade como um todo. As atuações no terceiro setor e no voluntariado são exemplos de empreendedorismo comunitário.

Em cada uma das modalidades, podemos encontrar empreendedores nos mais variados setores: educacional, público, privado e outros.

O conceito de empreendedor pode ser estendido a todos aqueles que contribuem com ações para a construção de algo de valor para a sociedade.

Empreendedorismo Corporativo

Já sabemos que o empreendedorismo é um conjunto de atitudes que podem ser adquiridas, praticadas e reforçadas nos indivíduos.

A partir dessas atitudes, o indivíduo se torna capaz de aproveitar e gerir oportunidades, aperfeiçoar processos, bem como inventar e reinventar negócios.

Perceba que empreender não compreende o ato de iniciar uma nova empresa ou um empreendimento social exclusivamente.

Empreendedorismo de Sucesso

Nos dias de hoje, o ato de empreender é um atributo apreciado em profissionais. Desse modo, qualquer organização preocupada com o futuro deseja ter profissionais empreendedores em seu quadro de colaboradores.

Além disso, podemos constatar a tendência crescente de os profissionais verem a si mesmos como os principais agentes de suas carreiras.

O profissional que atua como empreendedor corporativo tem a consciência de que é preciso inovar e agregar valor à organização em que trabalha. De uma forma geral, o sucesso do profissional depende de seus resultados.

Intraempreendedores

Você pode imaginar o tipo de funcionário que costuma ter maior visibilidade em uma empresa?

Pois bem, o funcionário com maior visibilidade em uma empresa é aquele que apresenta as melhores performances. Com isso, ele ficará em evidência e tenderá a ser mais reconhecido e valorizado.

Nesse contexto, vale ressaltar que os intraempreendedores devem contar com o respaldo e o apoio de seus superiores para que seus projetos inovadores sejam viabilizados.

Importância da Postura Empreendedora

Cada vez mais, o ambiente organizacional tem valorizado a inovação e a criatividade, encarando tais características como fatores essenciais de diferenciação no mercado. Desse modo, o empreendedorismo se tornou um valor social, cada dia mais importante e apreciado.

Agora, vamos refletir sobre a importância da postura empreendedora dos funcionários em uma organização.

Leia o texto clicando no link abaixo:
O profissional empreendedor.

No texto apresentado, podemos observar um típico caso de eficiência versus eficácia. Enquanto João agiu com eficiência, Antônio esbanjou eficácia – característica do comportamento empreendedor.

Eficiência e Eficácia

Que tal desenvolvermos melhor os conceitos de eficiência e eficácia? Embora pareçam ter o mesmo significado, essas palavras dizem respeito a conceitos distintos.

Imagine que haja um vazamento de água no escritório da diretoria.

Imediatamente, o primeiro colaborador vai pegar um pano, um balde e um rodo para retirar toda a água do ambiente.
Ele foi eficiente, pois realizou uma tarefa de maneira correta.
O segundo colaborador procurou observar toda a sala e tentou encontrar a origem do vazamento. Concluiu que vinha do banheiro instalado no andar superior e dirigiu-se até ele. Uma vez lá dentro, percebeu que a torneira estava aberta e a desligou, eliminando o problema de vazamento.
Esse colaborador foi eficaz, pois fez o que era certo para solucionar o caso
Para saber mais sobre a diferença entre eficiência e eficácia, assista ao vídeo a seguir:

Empreendedorismo, uma Revolução Silenciosa

O mercado de trabalho não perdoa.

Um profissional acomodado, que não busca oportunidades de melhoria, que prefere fazer tudo sempre do mesmo jeito, que não encara correr riscos e arcar com as consequências, não possui o perfil do empreendedor corporativo possivelmente.

Não parece coerente?

Sobre o empreendedorismo, Jeffry Timmons afirma que:

“O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século XXI mais do que a Revolução Industrial foi para o século XX.”

Empreendedorismo, uma Revolução Silenciosa

A motivação para empreender não é a mesma para todas as pessoas. Desse modo, podemos identificar dois tipos diferentes de empreendedorismo.

Empreendedorismo
de necessidade
Empreendedorismo
de oportunidade

Vamos acompanhar um estudo de caso de empreendedorismo de oportunidade para entender como ele funciona na prática. Preparado?

Leia o estudo de caso Lan Houses, clicando no ícone abaixo.

Caso Das Lan Houses

Encerramento do Tópico

Neste tópico, você aprendeu os conceitos de empreendedorismo e empreendedor, as modalidades de empreendedorismo e o que é o empreendedorismo corporativo. Além disso, viu a história do empreendedorismo e seus tipos.

Caso ainda tenha dúvidas, você pode voltar e rever o conteúdo.

Vamos prosseguir em nossos estudos? Siga para o próximo tópico

Tópico 2 – Cultura Organizacional, Inovação e Empreendedorismo

Neste tópico, vamos apresentar uma visão geral sobre a cultura organizacional, a quebra de paradigmas no processo de mudança e inovação, e a área de Tecnologia da Informação (TI) como facilitadora dos processos de inovação no contexto atual.

Conteúdos:

  • Inovação
  • Organismos inovadores
  • Exemplos de inovação e empreendedorismo
  • Inovação de tecnologias e processos.

Ao finalizar este tópico, você será capaz de:

  • Reconhecer a evolução e o atual contexto do ambiente organizacional.
  • Compreender os principais conceitos, valores e ideias relacionados à inovação.
  • Compreender a quebra de paradigmas, e o processo de mudança para gerar inovação e identificar oportunidades.
  • Reconhecer a TI como aliada na criação de vantagens e diferenciais competitivos.

Inovação

Para começar, vamos ler o trecho de um texto de José Dornellas, especialista em empreendedorismo.

Leia um trecho do texto O Processo Empreendedor, de Dornellas, clicando no ícone abaixo.

O Processo Empreendedor

Descobertas, invenções, inovações e criatividade – tais palavras estão relacionadas ao empreendedorismo. Dessa forma, é fundamental que aprofundemos nossos conhecimentos sobre elas.

A palavra inovação deriva do termo innovatio. Em latim, innovatio remete à ideia de inventar algo novo – um objeto ou um modo de fazer as coisas.

Filha da criatividade, a inovação faz surgir formas diferentes de pensar sobre as coisas do mundo. As novas formas de pensar possibilitam o surgimento de diferentes e melhores métodos de produção.

Um produto, uma ideia ou um método inovador se distingue de seus pares porque pouco se parece com as normas e os padrões em vigor.

A partir daí, decorre a máxima “Inovar é fazer diferente!”

Descobertas, Invenções e Inovações

Agora, vamos compreender melhor as semelhanças e diferenças entre descobertas, invenções e inovações.

Para isso, assista à videoaula O que é inovação: conceitos básicos, do professor Mario Sergio Salerno, do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP.

Exemplo

Agora, vamos acompanhar um exemplo de inovação?

Histórico da Evolução do Ambiente Organizacional

O momento histórico em que vivemos é conhecido como Era do conhecimento. Até chegarmos nessa fase, observamos movimentos e mudanças significativas na maneira de analisar e entender o mundo.

Todas essas mudanças impactaram a evolução das organizações.

Como vimos anteriormente, a manufatura e os trabalhos manuais foram substituídos por um novo formato de trabalho, instituído pela Revolução Industrial. Com isso, assistimos à transição dos trabalhadores artesanais e agrícolas para uma nova classe: a de operários.

Atualmente, como se constitui a maior parte dos trabalhadores que integram as organizações modernas?

Era do Conhecimento

Na Era do conhecimento, passamos por uma nova transição. Vejamos:

Inovação, Alcance e Sobrevivência no Mercado

A corrida por fatias de mercado faz com que seja imprescindível recorrer a inovações tecnológicas e processuais que resultem no aumento da produtividade e na redução de custos.

Para atingir tais objetivos, as organizações contam com tecnologias, bem como com o potencial humano e sua genialidade.

Vamos assistir ao trecho de um documentário sobre inovação, alcance e sobrevivência no mercado. Quando o vídeo carregar, clique no play.

Novas Maneiras de Inovar

Ao falarmos em inovação, estamo-nos referindo ao aperfeiçoamento de produto, serviço ou processo a partir de uma mudança ou de novas maneiras de explorar um mercado existente.

Nesse sentido, as mudanças podem ser:

Cultura Organizacional e Inovação

A cultura organizacional pode ser um fator determinante para a inovação.

Para entender melhor a relação entre cultura organizacional e inovação, precisamos conhecer mais sobre a cultura organizacional. Vamos lá?

Toda empresa apresenta uma cultura organizacional e um clima organizacional característicos, seja ela grande ou pequena, nova ou antiga, tecnológica ou analógica.

O que isso quer dizer na prática? Vejamos a seguir.

Cada ambiente de trabalho tem características peculiares de funcionamento, com procedimentos, normas e regras próprias. Tais características orientam as operações e a forma de atuação dos funcionários.

Desse modo, trabalhar em empresas novas e tecnológicas – como Google, Facebook ou Buscapé – é bem diferente de trabalhar em organizações antigas e consolidadas – como Ford, Volkswagen ou Embraer.

Todas as empresas mencionadas são organizações rentáveis e de sucesso. No entanto, elas funcionam de forma bem diferente no dia a dia.

Em alguns momentos, a atitude empreendedora de um funcionário será questionada ou até restringida pela organização, em decorrência de fatores internos.

Ao formular uma nova maneira de realizar algo, estamos questionando os procedimentos e os mecanismos já existentes.

Mas, afinal, como é possível romper com as barreiras à inovação?

Para que uma organização aposte em novos rumos, e não desperdice boas ideias e soluções propostas pelos intraempreendedores, a inovação deve fazer parte de sua cultura organizacional.

Inovação nas Empresas

Uma empresa deve estabelecer mecanismos para lidar com a inovação e zelar por suas regulamentações ao mesmo tempo, sem prejudicar sua capacidade de propor novos produtos, bem como de rever os processos e as normas estabelecidos.

Para que as pessoas atuem de forma inovadora, no entanto, a empresa precisa garantir condições apropriadas, criando um ambiente que traduza a missão e os objetivos corporativos.

Nesse sentido, a empresa deve propiciar um aprendizado contínuo a seus colaboradores, priorizando a criatividade e a multidisciplinaridade. Desse modo, ela poderá estimular a criação e a formulação de atitudes empreendedoras na organização.

Empreendedorismo de Sucesso

A organização precisa investir no desenvolvimento das atitudes, habilidades e capacidades relacionadas ao empreendedorismo. Com isso, estará cultivando indivíduos capazes de aprender a realizá-lo de modo contínuo, com rapidez e disposição.

Outro ponto muito importante diz respeito ao desenvolvimento de políticas transparentes de gestão de pessoas. Tais políticas devem estimular a inovação, recompensando-a por meio do reconhecimento dado aos colaboradores inovadores, além do apoio integral da alta direção.

Após ler sobre esse assunto, você se considera um empreendedor ou intraempreendedor?

Organizações Inovadoras

Vimos a influência da cultura organizacional para o processo de inovação e as mudanças ocorridas no ambiente organizacional. Agora, vamos conhecer um pouco mais as organizações que priorizam a inovação.

Para que uma mudança ocorra, é necessário considerar os paradigmas (modelos). Você sabe o que são paradigmas?

Paradigmas são as crenças, as visões e os pensamentos que temos em determinado momento. A partir de um novo ângulo de observação, devemos exercitar nosso olhar, nosso pensar e nosso mover-se de forma diferente. Desse modo, poderemos propiciar mudanças.

Nesse contexto, vamos refletir sobre uma citação de Heráclito de Éfeso:

Processo Contínuo de Inovação

Como você reage a mudanças? É fácil quebrar paradigmas e analisar uma situação sob um ponto de vista diferente do seu?

Nas organizações, também precisamos quebrar paradigmas. Desse modo, temos de encarar a mudança como algo primordial à sobrevivência.

A todo o momento, estamos expostos a avanços tecnológicos de empresas inovadoras. Tais empresas apostam e investem em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para melhorar sua atuação.

Se Heráclito vivesse hoje, estaria admirado com a velocidade das mudanças!

Dessa forma, para manter a competitividade no mercado, as organizações dependem de um processo contínuo de inovação, que leve em conta a revisão de muitos paradigmas.

“O problema não é colocar novas ideias na sua cabeça, mas sim tirar as velhas.” – Dee Hock

Dee Hock é um importante pensador do ambiente organizacional e do setor financeiro, além de fundador da Visa International.

Paradigmas

Quebrar paradigmas requer mudanças de referencial. Desse modo, precisamos rever crenças, conceitos e preconceitos que limitam nossas ações.

Ter coragem para arriscar é um mecanismo que nos faz sair da acomodação e buscar a inovação.

Agora, vejamos alguns exemplos de bloqueios mentais relacionados a paradigmas:

  • É proibido errar.
  • Isso não tem lógica.
  • Siga as normas sem questionar.
  • Isso não diz respeito a minha área.
  • Evite as ambiguidades.
  • Eu não sou criativo.

Durante a atuação profissional, todos nos deparamos com esses bloqueios – seja como proprietários do negócio, seja como contratados de uma empresa.

Processo de Aprendizagem Organizacional

Para vencer as barreiras paradigmáticas e dar respostas inteligentes a questões organizacionais, as empresas dependem da capacidade de gerar, processar e fazer uso adequado de dados, informações e conhecimentos. Com isso, podem facilitar e enriquecer o processo de aprendizagem organizacional.

Para aprofundar nosso conhecimento, vamos ouvir um podcast e refletir sobre as diferenças existentes entre os termos dadoinformação e conhecimento.

Após ouvir o podcast, você percebeu que apenas ter dados e reproduzir informações acerca de determinado tema não significa que o conhecemos?

Conhecer é refletir, apropriar-se e estabelecer conexões entre dados e informações. Significa aprofundar-se e construir uma opinião sobre o assunto. É ser capar de discutir e argumentar sobre o assunto, diferenciando dados corretos e completos de dados falsos e incompletos.

Atitudes para Inovação

Vamos relembrar a definição de inovação para Peter Drucker?

Segundo o autor, a inovação “é o meio pelo qual empreendedores exploram mudanças como uma oportunidade para implementar uma maneira diferente de atuar, um diferente serviço, produto, processo ou negócio.”

Desse modo, podemos considerar que:

Oportunidades para Inovar

As oportunidades para inovar podem surgir de várias formas, dependendo do olhar empreendedor empregado. 

Leia o caso das empresas Apple e Bug Agentes Biológicos, clicando no ícone abaixo.

Apple e Bug Agentes Biológicos

Ambiente Inovador

Você consegue imaginar um ambiente propício à inovação? Afinal, que características são desejáveis para alcançarmos um ambiente inovador?

Podemos afirmar que um ambiente propício à inovação presume:

  • Boa circulação de informações e conhecimentos
  • Abertura
  • Flexibilidade
  • Autonomia
  • Trabalho em equipe
  • Busca constante de informações e aprendizagem.

No entanto, essas características não são suficientes.

TI e Processos de Inovação

Para que um ambiente se torne propício à inovação todas as pessoas envolvidas devem mudar hábitos, conceitos e preconceitos, trabalhando por uma mudança segura de normas e regras estabelecidas.

Não é simples realizar mudanças, mas só existirão avanços significativos dessa maneira.

O processo é trabalhoso, pois exige que as pessoas abandonem a rotina – o que causa desconforto. No entanto, existe uma aliada para colaborar com essa tarefa: a área de Tecnologia da Informação (TI).

A TI veio para facilitar a possibilidade real de transformação. Desse modo, alinhada à estratégia organizacional, permitirá o crescimento contínuo da organização.

Inovação de Tecnologias e Processos

Com o passar do tempo, as inovações tecnológicas aumentaram. Com isso, a produtividade nas organizações também aumentou.

As relações de trabalho assumem novos significados e novas responsabilidades. Além disso, outras oportunidades se revelam, como o surgimento de novos formatos organizacionais.

Os novos formatos requisitam novas exigências profissionais, o que causa forte impacto na necessidade de qualificação profissional e atualizações constantes.

Quando falamos do profissional de TI, as exigências de atualização são ainda mais necessárias e desejáveis pelas empresas.

Vejamos algumas questões pertinentes aos atuais desafios enfrentados pelas empresas:

Agora, observe como os desafios enfrentados pelas empresas mudaram no decorrer do tempo. 

Para melhor entendermos e promovermos mudanças, devemos recorrer à TI. A TI permite, por meio de tecnologias cada vez mais convergentes e interligadas, recorrer às informações criadas e utilizadas pelos negócios na tomada de decisões estratégicas.

A TI possibilita a integração de funções em todos os níveis internos ou entre unidades organizacionais, proporcionando ganhos em:

  • Infraestrutura (integração e flexibilidade)
  • Operações transacionais (custo e produtividade)
  • Sistemas de informação (análise, controle, integração e ciclos)
  • Gestão estratégica (mercado, inovação e valor agregado).

Vantagem Competitiva

Veja algumas características que garantem um verdadeiro diferencial no mercado:

Raridade – pouco ou nenhum concorrente possui o mesmo produto.

Difícil imitação – concorrente se vê diante do alto custo, ou da ausência de tecnologia e know-how para recriar o produto.

Difícil substituição – concorrente tem dificuldade de substituir o produto, pois não há equivalente no mercado.

Valor – concorrente não tem acesso à exploração das mesmas oportunidades.

Plano de Negócios

Após identificar uma oportunidade, o que devemos fazer? Observe o esquema:

O plano de negócios deve funcionar como diretriz para o projeto que será iniciado. Seu desenvolvimento permite estruturar e refletir sobre o negócio. Desse modo, as chances de erro e os riscos atrelados são minimizados.

Para obtermos sucesso, é necessário que a implantação do plano de negócios seja adequada, constantemente, tanto à realidade do negócio quanto às mudanças que ocorrerão no percurso.

Elaborando um Plano de Negócios

Neste tópico, vamos conhecer o plano de negócios, suas principais características e a concepção de um empreendimento por meio desse recurso.

Conteúdos:

  • Plano de Negócios
  • Objetivos e público-alvo
  • Modalidades de empreendedorismo
  • Modelo do plano de negócios.

Ao finalizar este tópico, você será capaz de:

  • Reconhecer as principais características pertinentes ao plano de negócios.
  • Compreender os principais conceitos ligados ao plano de negócios.
  • Compreender como é possível transformar uma ideia em um empreendimento com o auxílio de um plano de negócios.

Introdução

Antes de começar este capítulo, que tal relembrar o que vimos até aqui? 

Plano de Negócios

Empreendedores são indivíduos que imaginam, criam e colocam soluções em prática.

Em síntese, imaginar, estruturar e realizar são as três macroetapas necessárias para empreender em quaisquer situações. Anote essa dica!

Planejamento

Antes de “colocar a mão na massa”, devemos pensar em todos os aspectos e os movimentos pertinentes ao empreendimento que pretendemos realizar.

A falta de planejamento é a principal causa da mortalidade de novas empresas, por isso, precisamos estudar cenários e fazer planejamentos prévios, bem como estudar fatores determinantes de sucesso ou fracasso de organizações e projetos.

Um dos métodos criados para pensar nos fatores que envolvem a realização de um empreendimento recebeu o nome de Plano de Negócios.

Dimensões Necessárias para um Plano de Negócios

Um plano de negócios é um documento estruturado por meio do qual pensamos sobre as diferentes dimensões necessárias para a realização de um negócio ou um projeto.

Ao fazer o plano de negócios, o empreendedor é convocado a pensar sobre alguns itens, como:
Produto ou serviço que pretende oferecer
Características do público-alvo
Recursos humanos e financeiros necessários
Infraestrutura.
Mas você sabe como elaboramos um plano de negócios? Vamos descobrir a seguir!

Elaboração de um Plano de Negócios

A elaboração de um plano de negócio é uma atividade que requer:

  • Pesquisa prévia
  • Conhecimentos gerais e específicos
  • Reflexões
  • Tomadas de decisão
  • Disposição para se pensar em tudo que implica trazer algo imaginado para a realidade.
Após conhecer as ações de elaboração de um Plano de Negócio, o conteúdo ficou mais claro?
Não podemos negar que o plano de negócios tem grande relevância para a organização e o planejamento inicial de um novo negócio.
O preenchimento do plano de negócios não é trivial e nem rápido. No entanto, não fazer um plano de negócios é assumir riscos desnecessários, que poderiam ser previstos ou evitados.

Exemplo

Vamos fazer uma analogia rápida? 

Imagine o plano de negócios como um plano de uma viagem para um local distante, que iremos visitar pela primeira vez.

Nesse lugar, circulam outro papel-moeda e outra língua.

Uma viagem desse tipo exige várias ações de preparação, como:

  • Pesquisas prévias
  • Compra de moeda estrangeira
  • Compra de guias de turismo e de conversação rápida
  • Contratação de um seguro-saúde
  • Organização de um kit básico de primeiros socorros.

Toda a preparação prévia é fundamental para que você não fique sem dinheiro, ou sem conseguir se comunicar, e tenha a quem recorrer em caso de uma emergência médica durante a viagem.

Não pensar em detalhes pode custar dinheiro e aborrecimento, além do risco de causar o fracasso total da viagem.

Assim como ocorre em uma viagem, o mesmo pode ocorrer aos negócios que se iniciam sem um planejamento detalhado – sem um Plano de Negócios.

Agora ficou claro, não é mesmo?

Noções Gerais sobre Plano de Negócios

Apresentaremos a seguir o conceito e a importância dos planos de negócios. Além disso, também indicaremos modelos e materiais complementares. Por meio de tais materiais, você poderá se aprofundar no tema quando precisar.

Ter noções gerais sobre o plano de negócios é importante para profissionais de qualquer área, uma vez que permite entender os passos necessários para a gestão de um negócio.

No futuro, caso você decida empreender abrindo uma empresa, este material será muito útil.

Elaboração de um Bom Plano de Negócios

Vamos verificar como a elaboração de um bom plano de negócios pode impactar o desenrolar de uma ideia ou projeto?

Veja no Plano de Negócios (business plan) a disposição das informações que o compõe para atingir seu objetivo.

Objetivo do Plano de Negócios

O objetivo do plano de negócios é viabilizar a criação ou expansão de um empreendimento executado ao longo de um período específico. Você consegue citar alguns elementos cruciais ao business plan? Vejamos:

Viu quanta informação é contemplada em um plano de negócios? E não para por aí! Vamos descobrir mais!

Planos Anuais de Negócios

Normalmente, as organizações preparam planos anuais de negócios, priorizando os doze próximos meses e fazendo projeções do período posterior.

Os planos de negócio que utilizam projeções por período superior a cinco anos são raros. No entanto, não existe um período ideal.

Em geral, o período estabelecido depende:

  • Do tempo de maturação de cada negócio
  • Do setor de atividade
  • Das pretensões do empreendedor.

Reavaliação do Plano de Negócios

Por meio de simulações, as projeções preveem possíveis resultados de etapas futuras. Conforme as etapas entram em andamento, o gestor do projeto pode:

As projeções e as suposições devem ser reavaliadas e atualizadas constantemente. Com isso, é possível refletir os valores reais e obter a composição dos principais indicadores de viabilidade de negócios.

Saiba mais!

A elaboração do plano de negócios

A elaboração do plano de negócios atende vários propósitos. Desse modo, o plano de negócios apresenta a formatação do empreendimento e o detalhamento dos aspectos relevantes para sua negociação interna e externa. Depois de concebido, a operacionalização do plano dará início ao projeto.

Vale ressaltar a importância de planejar antes de colocar o empreendimento em prática, considerando todas as condições que poderão interferir no negócio. O guia para o empreendimento deve ser dinâmico, podendo ter as estratégias ajustadas a qualquer momento, a fim de se adequar às mudanças no contexto do ambiente.

Você se lembra da palestra de Romero Rodrigues que vimos no Capítulo 1? Nela Romero mencionou o lançamento de um site, em outro país, que fazia exatamente o que eles pretendiam oferecer ao mercado nacional. Pois é, se ele tivesse feito um plano de negócios, perceberia que o projeto estava demandando mais tempo do que o previsto e que havia o risco de outra empresa lançar a solução antes deles.

Desse modo, para que possamos obter uma visão da realidade de mercado e dos principais fatores que impactarão nosso projeto, é fundamental o conhecimento aprofundado das condições do ambiente de atuação da organização. Isso aumentará as chances de sucesso do empreendimento.

Conceito de Plano de Negócios

Como surgiu o conceito de plano de negócios?

O modelo de plano de negócios que conhecemos hoje teve origem nos Estados Unidos como uma exigência à captação de fundos de financiadores particulares, para viabilizar um empreendimento.

Nesse sentido, o plano de negócios é um recurso de análise, estruturação e apresentação da viabilidade e da atratividade dos negócios de empresas – sejam elas consolidadas ou novas – e contribui para a sustentabilidade da organização.

O plano de negócios auxilia gestores na tomada de decisões, como o lançamento de um produto ou serviço, a expansão das instalações, a abertura de uma unidade ou os investimentos em determinada área, por exemplo.

Benefícios Obtidos com o Plano de Negócios

Aqui estão alguns benefícios obtidos com a elaboração e a utilização bem-sucedida do plano de negócios:

Avaliação de riscos

Identificação de soluções

Definição dos produtos e serviços

Definição do público-alvo

Definição dos pontos fortes e fracos do negócio

Identificação dos recursos necessários

Planejamento para a Implantação ou Ampliação do Negócio

O plano de negócios fornece recursos para o empreendedor definir objetivos e planejar os passos necessários para a implantação ou ampliação de seu negócio.

Além disso, também funciona como uma ferramenta de comunicação e negociação com potenciais financiadores.

A captação de recursos para a operacionalização de um plano de negócio pode recorrer ao capital próprio ou ao capital de terceiros.

Tratando-se de capital de terceiros, o projeto pode ser financiado por meio de vários recursos, dependendo de seu objetivo e das características intrínsecas.

Saiba mais!

A elaboração do plano de negócios

Existem vários formatos de captação de recursos financeiros para viabilização de novas ideias. Vejamos algumas:

1. Investidor-anjo ou angel investor

O investidor-anjo é uma modalidade que tem origem nos Estados Unidos. Consiste em uma pessoa física que investe em empresas nascentes – startups – próximas a sua residência e as apoia. O investimento pode ser feito por meio de uma pessoa jurídica, desde que com recursos próprios.

O investidor-anjo não tem posição executiva na empresa, mas apoia o empreendedor por meio de conhecimento, experiência e relacionamento, além dos recursos financeiros, conhecido como smart-money.

Segundo publicação na revista Exame.com, de 3 de julho de 2013, a maioria dos investidores-anjo brasileiros tem interesse em investir em startups das áreas de TI e de aplicativos para smartphones.

Para ler o artigo, acesse: http://exame.abril.com.br/pme/startups/noticias/investidor-anjo-quer-startup-de-ti-e-app-diz-pesquisa.

2. Desafio Sua ideia vale um milhão

Esse desafio consiste em um concurso promovido pela Buscapé Company. O objetivo é encontrar talentos e empresas promissoras que precisem de capital e direcionamento para alavancar o negócio.

Por meio de um processo de seleção de projetos empreendedores, a iniciativa elege o melhor empreendimento e apoia o projeto vencedor por meio de um aporte financeiro. Desse modo, a Buscapé Company se torna sócia dos empreendedores.

Investidores

O negócio pode estar muito claro para você, mas pode não estar claro para um investidor. Daí, a importância de um plano de negócios bem-elaborado, que auxiliará a análise de prováveis investidores.

Se você fosse um investidor, qual das duas situações a seguir lhe passaria mais segurança ao analisar uma proposta de negócio?

Pontos-chave para a Construção de um Bom Plano de Negócios

Já conhecemos algumas fontes de captação de recursos para financiar o empreendimento. Agora, veja os pontos-chave para a construção de um bom plano de negócios.

Essência do Negócio

Os conceitos abordados no plano de negócios devem contemplar a essência do negócio. Clique nas imagens para conhecer outros conceitos que também precisam ser contemplados no plano de negócio.

As metas de impacto socioambiental

A avaliação de mercado e as metas de receitas

As estimativas de custo e despesas

Os objetivos e o plano detalhado de implantação

Os recursos necessários

Objetivo e Público-alvo do Plano de Negócios

Antes de desenvolver o plano de negócios, precisamos ter em mente que ele deve atender três objetivos primordialmente. Clique nos alvos para conhecê-los.

1º – Refinar as estratégias, examinando sua viabilidade e recorrendo a diferentes enfoques, como o mercadológico, o financeiro e o operacional. Tal objetivo diz respeito ao desenvolvimento das ideias que nortearão o empreendimento.
2º – Fornecer subsídios para avaliar o desempenho desejado ao longo do tempo. Com isso, é possível estabelecer cenários, projeções e correções quando necessárias.
3º – Apontar caminhos para levantar o capital necessário e servir de instrumento para negociar com financiadores ou investidores potenciais.

Documento Confidencial

O plano de negócios é um documento confidencial e, como tal, deve ser distribuído e divulgado somente aos verdadeiros interessados.

Atenção! Ao determinar quem terá acesso ao plano de negócios, os empreendedores devem ter algumas preocupações. Por exemplo, pode-se recorrer à assinatura de um termo de confidencialidade por parte de determinados destinatários.

Desse modo, é possível minimizar as chances de uso indevido das informações contidas no documento.

Veremos, a seguir, exemplos de público-alvo do plano de negócios.

Exemplos de Público-alvo

Público interno: para comunicação da equipe gerencial com o conselho de administração e com os funcionários.

Parceiros: para definição de estratégias e formas de interação entre as partes.      

Fornecedores: para negociação de aquisições, termos e formas de pagamentos.

Sócios: para esclarecimento, convencimento e formalização do projeto.

Fontes de recursos e instituições financeiras: para negociar crédito e financiamentos.

Saiba mais!

Incubadora

Com relação às incubadoras, a vice-presidente da Associação Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Francilene Procópio Garcia, afirma: a missão central é apoiar o nascimento e o fortalecimento de negócios inovadores.”

Por exemplo, ao longo deste curso, se você descobrir que será um empreendedor no oferecimento de soluções para dispositivos móveis, pode encontrar a ajuda necessária para o sucesso de sua empresa nas incubadoras.

Plano de Negócios

Como podemos ver, são muitas informações e esclarecimentos registrados em um plano de negócios, não é mesmo?

Como esse assunto deve ser novo para você, assista ao vídeo Como elaborar um plano de negócio, que apresenta uma síntese sobre o tema. Aproveite essa dica e complemente seus estudos!

Quatro Dimensões Macro de um Empreendimento

De modo geral, todo plano de negócios deve percorrer quatro dimensões macro de um empreendimento. Clique nos números e veja quais são elas:

Planejamento estratégico

Planejamento de marketing

Planejamento operacional

Planejamento financeiro

Veremos, a seguir, um modelo que aborda as etapas de um plano de negócios para a criação de uma empresa.

Etapas do Plano de Negócios

Um plano de negócios para a criação de uma empresa é composto de cinco etapas. Todas essas etapas apresentadas devem ser observadas e elaboradas com cuidado, independentemente de sua ordem. O importante é que elas reflitam a viabilidade do negócio.

Conheça cada uma das etapas e suas subdivisões clicando nos títulos do infográfico a seguir.

Encerramento do Tópico

Neste tópico, você aprendeu sobre o plano de negócios, seus objetivos e seu público-alvo. Além disso, viu as principais características pertinentes ao plano de negócios e os principais conceitos ligados a sua concepção.

Por fim, aprendeu que é possível transformar uma ideia em um empreendimento, apoiando-se em um plano de negócios consistente.

Caso ainda tenha dúvidas, você pode voltar e rever o conteúdo.

Vamos prosseguir em nossos estudos? Siga para o próximo tópico!

Tópicos 2 – Mapa de Modelo de Negócios (Canvas)

Neste tópico, vamos conhecer o mapa de modelo de negócios (Canvas) e sua importância para uma ação empreendedora.

Conteúdos:

  • Mapa de modelo de negócios Canvas.

Ao finalizar este tópico, você será capaz de:

  • Compreender a importância de se realizar o mapa de negócios – modelo-padrão Canvas.

Agora que já conhecemos o Plano de Negócios, vamos apresentar outra ferramenta que é bastante usada no planejamento e no gerenciamento de empreendimentos: o mapa de modelo de negócio.

De forma breve, o mapa de modelo de negócio consiste na criação de um esquema que funciona como um resumo do plano de negócios.

Como esse modelo é menos formal, mais sintético e visual, há pesquisadores que defendem que é uma ferramenta mais dinâmica e apropriada para ser utilizada no dia a dia das empresas.

Canvas

O mapa de modelo de negócio – também chamado de Canvas – resume os aspectos fundamentais de um negócio em um único quadro composto de nove quadrantes. A proposta e o desafio desse método inovador é colocar as informações mais importantes de um projeto ou negócio em uma única folha de papel.

A principal função do mapa de modelo de negócio é desenhar o plano de negócios. A partir desse desenho, construímos uma estrutura que demonstra como o empreendimento irá funcionar e apontar, algumas vezes, inconsistências.

Nove Quadrantes do Canvas

Que tal nos aprofundarmos mais na interessante proposta do método de Canvas?

1 – Definição do público-alvo: segmento; 2 – Proposições de valor; 3 – Canais; 4 – Relacionamento com clientes; 5 – Fontes de receita; 6 – Recursos; 7 – Atividades; 8 – Parceiros; 9 – Estrutura dos custos.

Quadro do Modelo de Negócios

Vamos ampliar nossa compreensão sobre o que é o Canvas e aplicar sua metodologia?

Já sabemos que o modelo de negócios é a representação visual de como entregar valor ao cliente. Agora, vamos assistir ao vídeo Canvas do Modelo de Negócios, disponível no Canal do Sebrae, de Minas Gerais, e conhecer o quadro do modelo de negócios ideal para quem quer desenvolver novas ideias ou remodelar estratégias.

Ferramentas Complementares

Gostou do vídeo? Com ele, conseguimos visualizar e entender melhor cada um dos quadrantes do Canvas.

Certamente, você deve ter percebido que podemos utilizar os dois métodos apresentados em um mesmo projeto, uma vez que são ferramentas complementares. 

Por ser mais simples, sintético e visual, recomendamos que você comece usando a metodologia Canvas. Após consolidar uma versão definitiva, você poderá desenvolver um plano de negócios, que é mais detalhado.

Mapa do Modelo de Negócios

Pronto para aceitar o desafio?

Se você tem certeza de que o empreendimento é viável, o mapa do modelo de negócios já lhe deve mostrar isso em sua primeira versão. Agora, é hora de transformar.

A transformação ocorre quando assumimos uma postura e atuamos como empreendedores, seja por meio de novos negócios ou focados em nosso trabalho diário.

Empreender e inovar depende, essencialmente, de nós mesmos!

Saiba mais!

A seguir, indicaremos fontes confiáveis a partir das quais você poderá aprofundar seus conhecimentos e compartilhar ideias sobre o mapa de modelo de negócio. Não deixe de visitar esses hiperlinks!

O Quadro de Modelo de Negócios – Cartilha do Sebrae
Essa cartilha tem como objetivo apoiar você na criação, na diferenciação ou na inovação de seu modelo de negócios. A ferramenta utilizada será o Canvas – quadro –, que permite visualizar as principais funções de um negócio em blocos relacionados. Por meio dele, podemos descrever, visualizar e alterar modelos de negócios.

SEBRAE. Disponível em: http://www.sebraecanvas.com.br/downloads/cartilha_canvas.pdf. Acesso em: 7 abr. 2016.

Sebrae Canvas
O Sebrae Canvas é uma ferramenta web desenvolvida pelo Sebrae para estimular a criação e a validação de modelos de negócios. Por meio dela, qualquer empreendedor poderá desenvolver suas ideias de negócio ou repensar um modelo de negócio já existente.

SEBRAE. Disponível em: https://www.sebraecanvas.com/. Acesso em: 7 abr. 2016.

Empreendedor

Como você deve ter observado, o empreendedor é um agente de mudanças.

Aparentemente, ele é uma pessoa comum. No entanto, tem um diferencial: vontade e determinação em realizar e concretizar seus sonhos, além de possuir comportamento e atitudes que contribuem para seu sucesso.

Pense em suas atitudes. Sua atuação de hoje determinará a configuração futura de sua carreira.

Para mudar ideias, são necessários muito esforço, muita boa vontade e muita compreensão. Mas, no final, tudo vale a pena, pois a inovação agrega valor.

A inovação depende de empreendedores, e as melhores oportunidades pertencem ao profissional empreendedor!

Encerramento do Tópico

Neste tópico, você conheceu o mapa de modelo de negócios Canvas e compreendeu a importância de realizá-lo para o sucesso do seu empreendimento. Caso ainda tenha dúvidas, você pode voltar e rever o conteúdo.

No link abaixo, disponibilizamos, para facilitar seus estudos, um PDF com um resumo dos conteúdos abordados neste capítulo.

Síntese do capítulo 2: Plano de negócios

Maurício Gomes

Sou um servidor da área tributária que luta pela justiça fiscal do cidadão. Busco auxiliar a todos o caminho certo da cidadania fiscal.

Website: https://gomesmauricio.com.br

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